Já pensou em ser livre?
Será que realmente exercemos o nosso livre arbítrio?
O que é arbítrio?
Segundo o dicionário, é a decisão dependente apenas da vontade.
Em meio a tantos bombardeamentos de influencias e tendências nas mídias sociais, e, além disso, as pessoas tentando impor direta ou indiretamente a vontade delas sobre nós. (Isso eu falo da sociedade de um modo em geral e seus meios, por exemplo: Religião, família, política, televisão, internet, etc...)
A questão é:
Como saber qual a nossa real vontade para exercermos o pleno livre arbítrio?
A maioria das pessoas nem sabem o que querem, por isso tendenciosamente obedecem ao padrão atual de uma pulsão consumista. Precisamos do melhor carro, melhor casa, melhor viagem, melhor igreja, melhor emprego, melhor foto nas redes sociais, melhores amigos, melhor sorriso, etc...
Mas interessante é que nessa febre consumista para sentirmos aceitos nos padrões atuais, também carregamos as contas desse resultado. Que são:
Depressões, ansiedades, medos, angústias, tensões, pânicos, e até suicídios.
Será que realmente estamos exercendo o livre arbítrio, ou apenas reproduzindo as pulsões consumistas de um mundo moderno e perturbador?
Não falo a expressão mundo referindo-me ao cosmos, mas sim do sistema influenciador que opera na mente das pessoas, oprimindo-as de forma que mesmo buscando tudo que se diz que é bom no momento, não acham a paz.
Mesmo tento tudo, não se tem nada. Mesmo dizendo que amam, odeiam. Mesmo falando de paz, guerreiam. Mesmo falando de vida, operam a morte. Mesmo exaltando a humildade, o orgulho prevalece.
O que adianta ter “likes”, se o conteúdo é vazio?
O que adianta ter visualizações, se o conteúdo não gera consciência?
O que adianta ser bonito, se por dentro é feio?
O que adianta dizer que é bom, se no fundo são só as aparências?
O livre arbítrio atual não passa de uma mera sombra bipolar dos pensamentos mal resolvidos da humanidade.
Chegamos num tempo em que realmente o que tem valor é o consumo, independente do resultado final ou do conteúdo apresentado. Todos querem ser “influencers” para manifestarem seu livre arbítrio, mas na maior parte do tempo reproduzem apenas a mesma pulsão consumista moderna por conteúdos vazios e sem expectativa real.
Não é novidade de hoje que estamos cheios de produtores de conteúdos por aí carregados de depressões, síndromes do pânico e distúrbios de ansiedade, mesmo após tornarem-se um “sucesso”.
Talvez chegar lá não era realmente um livre arbítrio, ou talvez os fins não justificam os meios.
Pois quem chega aonde quer se torna feliz. Não é mesmo?
O marketing é tão desproporcional, que existem diversos milagreiros que estão doentes, gurus das finanças que estão falidos, pregadores da libertação em depressões, pastores da família que estão divorciados, clube dos héteros onde grande parte são indecisos, etc...
Será que realmente estamos exercendo o livre arbítrio?
Será que não estamos apenas reproduzindo o marketing desse sistema mundial?
Mas como exercer de forma realmente concreta o livre arbítrio?
Ora, improvisar é a melhor maneira.
Não há nada mais livre que o improviso.
Num mundo onde todos têm que cumprir um script para serem aceitos, o improviso é a única forma de viver realmente com livre arbítrio e não somente preso em ensaios na vida.
Não significa viver uma vida irresponsável, mas não deixar que nada e nem ninguém te manipule ou te escravize.
Está escrito:
“O justo viverá pela fé.” Hebreus 10:38
Quer mais improviso que a fé?
Nem Deus quer que vivamos somente um script, porque se não Ele não deixaria a fé como recurso do improviso. Tem até o ditado: “Deus tarda, mas não falha”.
Pois é, Deus muitas vezes age no improviso nas nossas vidas, porque se fosse apenas num script definido, ninguém acreditaria Nele.
Jesus também disse:
“Por isso vos digo: Não andeis ansiosos quanto à vossa vida terrena, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem colhem, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que as aves? E qual de vós poderá, com todas as suas ansiedades, acrescentar um centímetro à sua estatura? E, quanto ao vestuário, por que andais angustiados? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? Porque todas estas coisas os pagãos procuram. É claro que vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; Mas, buscai primeiro conhecer o reino de Deus, e a praticar a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:25-33
Pois é isso aí, nada forçado é agradável.
Livre arbítrio é ser livre de verdade. E ser livre é ter que sair do script às vezes e improvisar.
Improvisar como já foi mencionado, não é ser irresponsável, mas é viver uma vida que abre espaço a liberdade.
Liberdade na vida é o tempero, não se pode por sal demais e nem faltar. Tem que por na medida, por que daí...
Gera um bom gosto.
"O sal é bom, mas se deixar de ser salgado, como restaurar o seu sabor? Tenham sal em vocês mesmos e vivam em paz uns com os outros".
Marcos 9:50
"O sal é bom, mas se ele perder o sabor, como restaurá-lo? Não serve nem para o solo nem para adubo; é jogado fora. Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça".
Lucas 14:34,35
Se, pois, o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.
João 8:36